Ilustração > Zé Pitinga

Manaus/AM – O governador do Amazonas, Wilson Lima, convocou à imprensa de Manaus nesta sexta-feira (20) para dar esclarecimentos sobre a situação de caos na saúde do Estado. O gestor afirmou que o governo ainda está em transição buscando melhorar a saúde, voltou a jogar a responsabilidades para a administração anterior e frisou que as mortes de crianças no Amazonas são menores que a média nacional.

A situação da saúde no Amazonas ganhou ainda mais repercussão, até à nível nacional, após casos de mortes de crianças em maternidades públicas aguardando por cirurgias, devido a falta de equipamentos, medicamentos e de profissionais que reclamam de salários atrasados. Wilson Lima garantiu que está realizando melhorias, mas que em pouco tempo de governo é difícil mudar a situação.

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“Nós encontramos a saúde numa situação complicada e bem difícil. Isso a gente não muda em um ano. Nós encontramos a saúde com déficit. Qual a empresa que consegue resolver isso em um ano? Não tem como eu dizer que o Estado não tem culpa nisso. O Estado tem culpa e tem de resolver essa situação e estamos resolvendo. Não estou aqui fugindo das responsabilidades”, disse Lima.

O governador tentou se justificar sobre a morte de 30 crianças em hospitais do Estado falando que a mortalidade infantil no Amazonas está abaixo da média nacional. “É importante dizer que o Amazonas está abaixo da média nacional de mortalidade infantil. A média nacional é de 20% e o Amazonas está com 12%”, justificou o governador.

Wilson também destacou que algumas informações são falsas em relação ao Hospital Francisca Mendes e sobre falta de medicamentos na unidade ou em outros hospitais. Segundo ele, a unidade está completamente abastecida de remédios e com equipamentos em pleno funcionamento.

Ainda em relação ao Francisca Mendes, Lima prestou esclarecimentos sobre a morte de um bebê de 3 meses que ocorreu na última quarta-feira (18). Wilson disse que o falecimento não ocorreu devido a cardiopatia da criança e nem pelo atraso de sua cirurgia que deveria ter acontecido na última segunda-feira (16), devido a falha de um aparelho de anestesia. O governo explicou que na quarta-feira (18), quando o bebê morreu, o equipamento que apresentou defeito foi consertado. O governo reitera que a espera pela cirurgia não causou e nem influenciou na morte do bebê.

Publicado em 20/12/2019 às 12h38

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