Briga de foice
Nesta quarta-feira, 1º de fevereiro, lá no Planalto Central, acontece a mais acirrada eleição para o Senado deste tempo pós-pandêmico. De um lado, o bolsonarista Rogério Marinho (PL), o sujeito que está envolvido até o pescoço na corrupção de mais de R$ 1 bilhão na Codevasf apontado pelo TCU. Do outro, o candidato à reeleição Rodrigo Pacheco (PSD), que tem o apoio do presidente Lula. O senador Alessandro Vieira (PSDB) já avisou que vai votar no bolsonarista e sujar sua biografia.
Traírão do JuruáOs senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) devem votar no Pacheco, mas o neobolsonarista Plínio Valério (PSDB) deve fechar com Marinho. O que, cá pra nós, é muito coerente. Basta lembrar que o parlamentar foi expulso do Partido Verde (PV) por sua atitude pouco republicana, digamos assim, quando era vereador em Manaus, aí por volta de 2004, 2005. Mas como a cada 15 anos o povo esquece tudo que aconteceu nos últimos 15 anos, ninguém lembra.
Tadeu & Tadando
Moro e Dallagnol, papagaios da luta contra a corrupção que, depois de corromperem suas instituições, foram para a política e acabaram abraçados ao governo mais corrupto e mortífero da história democrática (e que aproveitou e destruiu a estrutura de combate à corrupção). Isso mostra que o ódio deles não era contra a corrupção, mas contra o PT e o Lula, e tudo que eles representam: o pobre, o negro, os indígenas, as mulheres, os LGBTQ et caterva, que agora estão tendo voz e vez no orçamento do governo.
Exorcizando o trauma
Quem acompanha o “Rei” Roberto Carlos sabe que o cantor tem uma perna mecânica. Porém, esse sempre foi o maior tabu de sua vida, já que ele nunca gostou de falar sobre o assunto – até agora, 67 anos depois do ocorrido. A perda de uma perna após um atropelamento por trem quando ele ainda era criança será assunto de uma minissérie de quatro episódios. A minissérie escrita pelo jornalista Nelson Motta junto à roteirista Patrícia Andrade, de “Dois Filhos de Francisco”, narra o episódio ocorrido na cidade natal do cantor, Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo.
Descalabro ou absurdo?
Segundo dados do Ministério da Saúde e da Fio Cruz, uma criança Wajãpi de 11 anos cometeu suicido neste final de semana. É importante sublinhar que a taxa de suicido infantil entre os indígenas é a maior do Brasil, sendo 18 vezes maior que crianças não indígenas. É descalabro ou absurdo que chama?…
Deixa o homi turistar
Bolsonaro merece o visto de turista. Foi turista no Exército. Foi turista na Câmara dos Deputados. Foi turista na Presidência da República. Estranho seria se tirasse um visto de trabalho.
Sessenta na BICA
Fundada no dia 24 de outubro de 1963 pelos irmãos Henrique e Lourdes Soeiro, a Mercearia Casa Nossa Senhora de Nazaré está completando seis décadas de existência e atualmente atende pelo nome de “Bar do Armando”. Por isso, nada mais justo que a banda carnavalesca mais escrachada de Manaus, a BICA, tenha escolhido homenagear a própria sede no carnaval desse ano. O tema aprovado pela Ana Cláudia Soeiro foi “60 na BICA só não vai quem já morreu: é festa de santo, boêmio e ateu”. A letra da marchinha foi composta por Rui Machado, Davi Almeida e Edu do Banjo e foi gravada na voz de Márcia Siqueira. Show de bola! Evoé, Momo!
Na mosca
Se a Ucrânia não tivesse passado sete anos massacrando e bombardeando as minorias russófonas de Donbass, encorajando neonazistas a chacinarem opositores e tentando ingressar na OTAN, não haveria invasão. Acertadíssima a frase do Lula. A Ucrânia foi quem mais fomentou esse conflito. E qual o problema de a Ucrânia querer entrar na OTAN? Simples. A OTAN continua tratando a Rússia como inimiga mesmo após o fim do Pacto de Varsóvia, cercando seu território com mísseis e bases militares. Você não ia gostar que seu vizinho colocasse um monte de bazucas e rifles apontados pra sua casa, né não?…
(*) Chico Santa Clara
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