Por Chico Santa Clara

 

Surpresa boa

Não sabia que o governador Wiço Lima era meu fã. Achava que nos releases que ele recebe diariamente, a gente, aqui d’O Ralho, não entrava. Ledo ivo engano. Ele não só gosta de ler, como nos acha gente boa. Daí, que depois de ler aquela nota “Ideia de Jerico”, postada por mim no início da semana, ele caiu na real e o desfile de carnaval vai voltar para a data normal. Quer dizer, ele tirou o bode do meio da sala. Parabéns, governador!

 

Evoé, Momo!

Se continuasse embarcando na ideia de jerico de seus assessores, o governador ia ter problemas. Imagine o desfile das escolas de samba no sábado magro! Pô, nesse dia, as duas maiores bandas de Manaus (BICA, do saudoso Armando Soares, e Difusora, do querido Josué Filho) fazem seu furdunço e, juntas, arregimentam mais de 100 mil foliões. No dia seguinte, domingo magro, se reúnem mais 100 mil foliões, para brincar na Banda do Boulevard, do querido Luiz Carlos Chaves, e na Bhanda da Bhaixa da Hégua, em Educandos, do saudoso Luiz Wagner, o “Vavá das Candongas do Kabuletê”. Quer dizer, competir com esses pesos pesados seria dar um tiro no pé. O governador percebeu isso e deu marcha-ré. Ganhou o meu respeito.

 

Grafite

Patriotas presos têm novo lema: “Cada um no Sol quadrado!”

 

Caixa 2 de Bolsonaro

A PF identificou que ajudante de ordens pagava contas de Bolsonaro em dinheiro vivo e fazia Caixa 2 com saques de cartões corporativos. Áudios comprovam que Bolsonaro sabia e controlava tudo. E na agência bancária que fica dentro do Palácio do Planalto! O Queiroz de Brasília é o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid – conhecido como “coronel Cid.”

 

Lambança grossa

A desculpa de que o Queiroz de Brasília sacava dinheiro em cash pra pagar “valores ínfimos” chega a ser cínico. Eu compro até garrafinha de água com cartão, por aproximação, numa boa. Até vendedor de bala em semáforo tem maquininha. Não pego em dinheiro há anos. Nem de Caixa 2…

 

Sangue bom

Não conheço o escritor Simão Pessoa pessoalmente. Li alguns livros dele. O admiro à distância. Sei que ele foi o único cara aqui da taba a ser elogiado pessoalmente pelo Millôr Fernandes, em 2009, portanto, antes de o mestre morrer, em 2012, e, sim, incréus, o elogio saiu na revista Veja (na época, 12 anos atrás, com uma tiragem de 1.200.000 exemplares!). Isso quer dizer que 5 milhões de pessoas devem ter lido o panegírico feito pelo filósofo do Méier ao caboquinho da aldeia. As histórias que me contam a respeito do badalado escritor, sinceramente, soam como lendas. Vou contar a última.

Doideira bom é um inferno!

 

Há duas semanas, no meio de um canavial, Simão Pessoa resolveu reclamar de um buraco que estava devorando a frente da casa do vizinho e ameaçava engolir a sua calçada. De madrugada, mandou um zap pro prefeito Davi Almeida, que estava de férias nos EUA. O prefeito não só mandou um zap de volta, como pediu a localização do buraco-gigante. Achando que era um trote, Simão Pessoa tirou uma foto da cratera, marcou a localização e enviou pro alcaide. Se era só diversão, ele não ia perder a festa.

 

O inferno são os outros!

 

No sábado, quando acordou, Simão Pessoa viu uma equipe da Prefeitura tampando a boca do inferno. Não acreditou. Tirou uma foto dos caras trabalhando e enviou para Davi Almeida, agradecendo a presepada. O prefeito devolveu a gentileza enviando um zap que havia recebido dos trabalhadores informando a conclusão do serviço. Dá pra acreditar?! Mas é vero. Se non è vero, è molto ben trovato… Ô raça!

 

(*) Chico Santa Clara

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