ONDE ESTÁ O GAVIÃO?
Por Chico SantaClara*
No último domingo, 5 de junho, no Dia Mundial do Meio Ambiente, a conservação ambiental e a força dos povos da Amazônia entraram em campo. Em partida válida pela Série C do Campeonato Brasileiro de 2022, a equipe do Manaus Futebol Clube carregou uma faixa dedicada à data de conscientização pelo meio ambiente com foco no bioma Amazônia.
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Exibindo a frase “O Meio Ambiente não pode virar história. O futuro da Amazônia é agora!” e as hashtags “#DiadoMeioAmbiente50anos” e “#AmazôniaéAgora”, a faixa foi destaque na abertura da competição contra o Altos F.C., realizada no Estádio Ismael Benigno, antigo “Estádio da Colina”.
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No brasão do clube, destacava-se a ausência de seu símbolo maior, o gavião-real. Popularmente conhecido como harpia, o animal de porte imponente é a maior ave de rapina do Brasil. É muito característico da Amazônia, mas nos últimos anos o predador sofre ameaças causadas por atividades humanas, como a caça e o desmatamento.
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O “sumiço” do Gavião do Norte do escudo do Manaus F.C., que gerou curiosidade e consternação em seus torcedores, ecoa a ameaça de extinção de muitas espécies da fauna e flora amazônica. E, junto com elas, o desaparecimento dos modos de vida dos povos locais.
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A ação é resultado de uma parceria entre o Manaus F.C. e o Coletivo Vozes da Amazônia, com organização local da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), pelo projeto “Eu Voto Na Amazônia Viva”, e a Associação Intercultural de Hip-Hop Urbanos da Amazônia.
OS PROCURADOS
Entreouvido entre as mesas do Bar do Cipriano, nesta segunda, dia das almas: “Me contaram que o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal “The Guardian”, estão procurando o paraquedista Luiz Henrique Cardelli no Vale do Javari…”. Ô raça!
PEGANDO NO PÉ
Em vez de estar pegando no pé da deputada Joana Darc, o deputado Wilker Barreto bem que podia explicar pra gente por que votou contra a criação da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECCOR), né não? Fica a dica…
CRISE MORAL
Do presidenciável Ciro Gomes sobre aquilo que até as pedras do calçadão do Largo de São Sebastião já sabem: “Vocês acham que existiria o Bolsonaro se não fosse a crise econômica e a crise moral que Lula e o PT produziram no Brasil?…”
AS VOZES
Enfim, uma boa notícia! Pela primeira vez, a canção “Paula e Bebeto” ganha uma versão com as vozes de seus dois compositores: Caetano Veloso e Milton Nascimento. Essa foi a primeira parceira da dupla, cuja amizade já tem mais de 50 anos! A faixa foi incluída no repertório do disco “Minas”, do Bituca, em 1975 e agora, 47 anos depois, faz parte do projeto infantil “Rádio Bita – Especial Caetano Veloso 80 anos”.
MENOPAUSA
Cultura inútil para puxar assunto em mesa de boteco quando o papo está rateando: “Os únicos mamíferos com menopausa são as fêmeas de elefante, as baleias jubarte e as mulheres humanas.”
DESESPERO
O governo propôs zerar os impostos federais de combustíveis. Mas os Estados terão de fazer sua parte. Nada como o desespero de perder as eleições.
A SONSA
Da série “Evasão de privacidade”: depois de confessar que já fez sexo em avião, no mato e em jet-ski, Luísa Sonza está sendo chamada de Luísa Sonsa. Faz sentido…
EDUCAÇÃO
Como todo mundo já está careca de saber, fomos ensinados que fazer faculdade é garantia de um bom emprego e investir em educação pode aumentar nosso salário na mesma proporção. Muitos daqueles que consideramos “bem-sucedidos” justificam sua conquista com seu esforço e mérito próprio. Mas o que as elites meritocráticas não percebem é que ter acesso à educação superior é por si só um privilégio inacessível a maior parte de nossa sociedade.
INEP
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelou que em 2019 apenas 20% dos brasileiros entre 25 e 34 anos possuíam diploma universitário. Esse mesmo estudo demonstrou ainda que 40% destes que fizeram faculdade pertenciam aos 20% da população mais rica do país, enquanto apenas 5% eram advindos dos 20% mais pobres.
SUCESSO
A Meritocracia promete que se nos esforçamos o suficiente seremos recompensados, teremos nosso trabalho reconhecido e que nosso sucesso depende só de nós mesmos. Mas essa é uma falsa promessa. Afinal, a implicação contrária dessa lógica é a de que aqueles que fracassam não se esforçaram o suficiente e não merecem conquistar empregos melhores.
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Aqueles que não puderam pagar por educação de ensino superior, merecem menos sucesso que os que puderam? Aqueles que desde cedo tiveram que priorizar o trabalho à educação, podem ser considerados menos esforçados que aqueles que puderam se dedicar exclusivamente aos estudos?
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Para debater esse assunto, o Instituto Conhecimento Liberta (www.icl.com.br) disponibilizou no YouTube a aula online gratuita “A Tirania do Mérito: uma análise reveladora sobre Meritocracia”, com Michael Sandel e Eduardo Moreira. Vale a pena conferir.
Chico SantaClara*
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Este blog é um exemplo de como diferentes áreas de interesse de um indivíduo podem ser integradas para formar uma narrativa poderosa e rica em informações. Acredito que a inclusão de questões ambientais pode e deve ser integrada e interligada com discussões sociais e políticas para proporcionar uma abordagem mais ampla e algorítmica dos desafios que enfrentamos como sociedade.