Por Chico Santa Clara (*)

Desembainhando a cimitarra de Alá

Principal articulador da reeleição para o Senado de seu companheiro de partido, o senador Omar Aziz está com tudo, mas não está prosa. “Os parlamentares que participaram de alguma forma dos atos do dia oito, precisam ser investigados e não podem passar impunes, sejam parlamentares com ou sem mandato, sejam empresários, seja quem for”, tuitou o palestino em sua rede social. Isso quer dizer uma coisa: a cimitarra de Alá vai perseguir o pescoço dos infiéis!

 

Filhos da pauta

Apesar de derrotados na eleição do Senado, os bolsonaristas estão cantando vitória na guerra de narrativas em curso na web, onde o senador Rogério Marinho (PL-RN) é pintado como super-herói, o homem íntegro e corajoso que, para defender o “cidadão de bem e os bons costumes e impedir o avanço comunista e o cerceamento à liberdade de expressão”, se lançou corajosamente à presidência do Senado, enfrentando o “sistema” e a “ditadura de toga” do STF. Segundo eles, Marinho é um herói porque disputou o Senado mesmo sabendo que não venceria, afinal, seu adversário oferecia 15 milhões por cada voto! Sim, essa é a narrativa no esgoto bolsonarista, essa é a realidade paralela desse submundo cada vez mais numeroso. São uns sacripantas!

 

La movida brasileña

Uma vez, questionado sobre a homenagem que fez a Marília Mendonça e pela admiração que tinha pela sua obra, Caetano Veloso respondeu com a simplicidade e genialidade habitual dizendo: “a vida se move e a nós resta nos movermos junto com ela”. Não dá mais para, como cantou Elis, “amar o passado e não ver que o novo sempre vem”, pois ele vem, queiramos ou não. Alguns, como Caetano, parecem não sofrer do chamado “conflito geracional”, apenas vão se movendo junto com a vida. Envelhece o corpo, mas mente e espírito continuam o eterno mover, que lhes transformam em seres atemporais. Dito isso, precisamos celebrar a vitória de Rodrigo Pacheco, a vitória da democracia, a vitória do Brasil mas, principalmente, a vitória dos que se dispõem ao ousado e constante desafio de se mover junto com a vida! E de devolver os bichos escrotos aos seus originários esgotos!

 

Herói nacional

Há 26 anos, Chico Science nos deixava. O vocalista da Nação Zumbi morreu em um acidente de carro no dia 2 de fevereiro de 1997, aos 30 anos. Um dos criadores do movimento manguebeat, deixou apenas dois discos gravados. Qual a sua música favorita na voz de Chico Science? Eu gosto muito da regravação de “Maracatu Atômico”.

 

Não vou desenhar

Maior bilionário brasileiro é acusado de rombo de R$ 40 bi nas Americanas e R$ 30 bi na Ambev. Grande parte em manobras fiscais e tributárias. Entendeu como liberais ficam bilionários usando o Estado?

 

Thanks a lot, Mr. Ozzy!

Ozzy Osbourne anunciou sua aposentadoria das turnês em meio a vários problemas de saúde, que incluem a doença de Parkinson e diversas cirurgias na coluna. O “Príncipe das Trevas” deixa para trás um legado de heavy metal incomparável, tanto por suas travessuras sinistras dentro e fora do palco quanto por suas performances. Desde morder a cabeça de um morcego na frente de seus fãs, a vestir as roupas da esposa Sharon em uma bebedeira, o ex-vocalista da seminal banda Black Sabbath fez de tudo que dizia respeito a “drogas, sexo e rock’n roll”.

Selvagens da noite

Certa vez, em uma das inúmeras turnês com o Black Sabbath, Ozzy Osbourne trouxe um tubarão morto de volta para o quarto de hotel de seus colegas de banda e decidiu dar uma repaginada sangrenta em uma suíte. “Com as drogas sempre você fica entediado, então você deve fazer algo um para o outro. Como Ozzy puxando um tubarão por uma janela, o desmembrando e encharcando nosso quarto de sangue”, detalhou Tony Iommi, colega de banda do Black Sabbath. A história do quarteto está bem documentada no livro “Black Sabbath – A Biografia”, do Mick Wall. Eu recomendo.

 

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