Mágica na Saúde será nos cofres e não no atendimento à população

A nomeação do vereador de Campo Grande e médico, Sandro Benites, para
assumir a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) foi anunciada como a
solução de todos os problemas enfrentados pela população da Capital ao
procurar um atendimento médico.
De fato, Sandro Benites realmente fará a mágica acontecer, no entanto, essa
magia não será na melhoria do atendimento prestado à saúde dos campo-
grandenses, mas sim no desaparecimento do pouco que resta nos cofres do
município.
Nada mudará na saúde, ou melhor, as coisas na saúde só irão piorar porque
com a nomeação do vereador, a prefeita Adriane Lopes e seu marido, o
deputado estadual Lídio Lopes – todos do Patriota –, passaram a ter carta
branca para manipular o que mais lhes interessa no setor da saúde, que são as
riquíssimas licitações.
A partir de agora, a mágica será realizada em todas os procedimentos
relacionados às licitações da saúde, desde a abertura de edital com requisitos
de direcionamento de preferência no certame até o superfaturamento e os
incontroláveis aditivos contratuais.
As fraudes, além de mágicas são bastante destrutivas porque a maracutaia que
se alojou na Prefeitura está fazendo com que Campo Grande definhe. Caro
leitor, por acaso você já percebeu que o município não tem dinheiro para nada?
Nem mesmo para comprar medicamentos?
Pois bem, com a magia do esquema tomando conta da saúde, quem sofre são
as pessoas que quando adoecem não têm outra alternativa a não ser procurar
atendimento em algum posto de saúde.
E, por falar em posto de saúde, a situação nesses locais de atendimento está
tão precária que falta até dipirona para fornecer aos pacientes. A saúde pública
em Campo Grande clama por socorro porque sem recurso, investimento e
estrutura não é possível salvar vida.
Claro é o recente exemplo da professora Graciela Ribeiro da Silva, de 38 anos,
que morreu depois de passar mal e procurar atendimento médico em posto
de saúde. Revoltado com o descaso, com a negligência e com o atendimento
precário que custou a vida da professora, marido denunciou o caso para a
Polícia Civil.
A suspeita é de que a vítima tenha recebido uma medicação errada, o que
demonstra a falta de preparo dos profissionais que não são submetidos sequer
a um treinamento, uma reciclagem para oferecer um atendimento adequado ao
paciente.

Atendimento ruim, número insuficiente de profissionais para atender a
demanda, falta de medicação e de aparelhos, sem contar a péssima estrutura
oferecida à população.
Dia desses foi amplamente divulgado o caso de pacientes que estavam no
Centro Regional de Saúde do Bairro Coophavilla II e precisaram abrir o guarda-
chuva para não se molhar. O detalhe é que essas pessoas estavam dentro do
posto de saúde, ou seja, chovia mais dentro do que fora do local.
A Prefeitura de Campo Grande é constantemente cobrada para se posicionar
sobre esses casos, mas Adriane Lopes sequer perde seu tempo dando
explicações para aqueles que a elegeram.
Afinal de contas, o seu interesse com a saúde é bem específico porque ela não
está preocupada com o atendimento prestado à população. Sua preocupação é
com relação ao numerário que esse departamento tão rico, que é a saúde,
pode render para o seu bolso e do marido.

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