Olha o Isaac Newton aí, gente!
Também conhecida como “lei da ação e reação”, a terceira das três leis da física enunciadas pelo nobre (sim, tinha o título de Sir) cientista inglês diz que “a toda ação sempre há uma reação oposta e de igual intensidade”. E o ninho tucano amazonense que o diga, com a queda-de-braço atual entre Arthur Neto e Plínio Valério, para definir quem tem mais poder de decisão e dará as cartas em relação ao possível candidato do PSDB ao Governo do Amazonas.
Artilharia pesada
Os dois exibem arsenal pesado e sabem usar seus potenciais bélicos. Arthur é tucano-raiz, participou da fundação do PSDB e desde então comanda o partido no Amazonas. Por ele se elegeu duas vezes deputado federal, uma vez senador, duas vezes prefeito de Manaus e ocupou cargos de destaque nacionalmente, como o de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Mas agora está sem mandato.
Camburão de votos
Plínio também exibe longa carreira política. Passou pelo PV, PTB e DEM antes de chegar ao PSDB em 2011. Foi vereador de Manaus por quatro mandatos e chegou a assumir como deputado federal por oito meses. Em 2018, na disputa pelo Senado, saiu como supercampeão com 834.809 votos, dos quais nada menos que 635.891 só em Manaus. Um baile, por assim dizer, no segundo colocado, Eduardo Braga, que teve 200.004 na capital amazonense e 607.286 no total.
Em rinha de bicudos…
Arthur, em 2021, atraiu para o PSDB o atual vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida, então no PRTB, Em franco embate com o governador Wilson Lima (PSC), Almeida chegou ao ninho tucano com ares de pré-candidato ao governo estadual. No aplicativo de relacionamentos online Tinder, dir-se-ia que deu “match” entre os dois. Mas o que deu foi um grande “fight”, como se diria no mundo do MMA, as artes marciais mistas, com Valério.
…todo cuidado é pouco
Ao movimento de Arthur Neto/Carlos Almeida, Plinio respondeu brandindo seu mandato de senador em meio de jornada, pois ainda tem mais quatro anos na Câmara Alta do País e sabe perfeitamente o quanto isso pesa. O ex-prefeito de Manaus não deu um pio. E agora mostra força com o mandato de presidente estadual do PSDB renovado até 2023 por decisão do alto tucanato nacional.
Cachimbo da paz?
Oficialmente, ao falar sobre a continuidade no comando do ninho tucano amazonense, Arthur Neto nem tocou na questão da candidatura do PSDB ao Governo do Estado. E Plínio disse não ver problema nenhum disso, porque Arthur parece almejar o Senado e ele, caso saia candidato ao Governo, será dentro de um projeto nacional, do conjunto da sigla. Logo, como registrou, não há conflito de interesses.
Titãs
E diga-se que se distanciados os dois são contendores poderosos, juntos têm condição de levar a chapa majoritária tucana a outro patamar na guerra eleitoral que se aproxima.
