ARTHUR DE VOLTA AS ORIGENS

PARTE I

Por – Ribamar Félix (*)

Isso mesmo, o ex- deputado, ministro, senador e prefeito de Manaus, Arthur Neto, menino criado na zona sul do Rio de Janeiro, está de volta às origens política-ideológica.

Filho de um jurista e político (senador) pelo Amazonas Artur Virgílio que pelo que tudo indica foi, politicamente, mais sensato do que o filho. Arthur Neto já circulou por várias tendências e ideologias políticas.

Foi deputado na época da Ditadura Militar pelo MDB, era referência para os militantes de PCB e PCdoB no auge da resistência, início dos anos 80.

Não havia manifestação sem a presença de Arthur, Mário Frota, Fábio Lucena e Felix Valois.

Ele sabia que se passar por esquerda naquela época era sinônimo de votos garantidos.

Artur foi tão convincente que virou candidato a governador pelo movimento Muda Amazonas, em 1986, enfrentou Amazonino e Marcus Barros.

Ficou em segundo lugar, perdeu para Amazonino que saiu da prefeitura dizendo Até Breve e voltou depois de derrotar o Menino do Rio

Ainda com a carapaça de esquerda ele voltou em 88 com a esquerda unificada, articulação do reverendo Eron Bezerra, João Pedro, Vanessa e cia, todos do PCdoB.

No decorrer da campanha Arthur invocava o espírito de Ajuricaba, índio que mesmo amarrado, se lançou nas águas do Rio Negro por não concordar com sua prisão pela guarda colonial  portuguesa.

Em alguns momentos da campanha a postura  e o comportamento de Arthur se confundia com Stalin, segundo comandante da Revolução Russa.

Arthur venceu nada menos nada mais que Gilberto Mestrinho, o Boto Navegador, todos acreditávamos que seria um ótimo prefeito, ledo engano.

Sua primeira providência foi separar da esposa e se casar com uma repórter do Amazonas Em Tempo que era eleitora e defensora do PT e Marcus Barros, trazendo boa sorte e bons fluidos para a família da mesma que ficou milionária e ainda elegeu um membro para a prefeitura de Parintins e nunca mais saiu.

* Ribamar Félix
Jornalista
Analista político
Ex-militante estudantil