Alex Solnik*
Tal como o nazismo, o bolsonarismo deve ser criminalizado para ser definitivamente extirpado, antes que provoque danos ainda maiore
Os acontecimentos de ontem, em Brasília, evidenciaram a essência do bolsonarismo. Trata-se de um projeto totalitário, cujo objetivo principal é tomar o poder através do terror.
Se antes disso ainda era possível imaginar que havia bolsonaristas “bonzinhos” e outros “radicais”, não há mais dúvida de que o bolsonarismo é um só, e ele é sinônimo de terrorismo.
Tal como o nazismo, o bolsonarismo deve ser criminalizado para ser definitivamente extirpado, antes que provoque danos ainda maiores.
De ontem em diante, quem se afirmar bolsonarista estará ao lado dos terroristas e quem quer ser visto como democrata deve se afastar de Bolsonaro.
Não pode haver mais condescendência nem com o cidadão anônimo que, supostamente protegido pela camisa amarela da seleção, ataca violentamente quem não concorda com ele, nem com os cabeças dos terroristas, cujo chefão dos chefões é o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ontem ele realizou o “sonho” que vinha acalentando há mais de trinta anos, quando ameaçou explodir a distribuidora de água do Rio de Janeiro, sem, no entanto, conseguir.
Mas seu “sonho realizado” será um pesadelo que o acompanhará pelo resto de sua vida.
Alex Solnik
Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais “Porque não deu certo”, “O Cofre do Adhemar”, “A guerra do apagão” e “O domador de sonhos”