‘Fontes afirmam que os elementos que [Moraes] tem em mãos são robustos’, informa Mario Vitor Santos

Gente do meio jurídico considera que Alexandre de Moraes disparou a operação de busca e apreensão contra empresários suspeitos de pertencerem a uma articulação golpista não por autoritarismo, abuso de poder ou demonstração de machismo, mas por ter recolhido extensos elementos que indicariam de ações planejadas pelos bolsonaristas contra o processo eleitoral. Por isso, foi decretada a quebra de sigilo bancário dos investigados e o bloquear de suas contas.

Segundo essa versão, os elementos reunidos, conectados com a investigação de atos contra a democracia, configuram uma situação grave, envolvendo operativos, empresários e uma rede de relações que chega a altos escalões da República.

Quem conhece Moraes afirma que o ministro do Supremo tinha total ciência de que a operação de busca e apreensão de dispositivos que guardam detalhes do rastilho golpista geraria reações e ameaças de represálias por envolver empresários abonados.

Por isso, a circulação da informação de que a troca de mensagens golpistas envolve o próprio procurador-geral da República Augusto Aras, amigo e colaborador de Meyer Nigri, um dos investigados, foi guardada para um segundo momento.

Mario Vitor Santos

Mario Vitor Santos é jornalista. É colunista do 247 e apresentador da TV 247. Foi ombudsman da Folha e do portal iG, secretário de Redação e diretor da Sucursal de Brasilia da Folha.

 

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